quarta-feira, 2 de setembro de 2015

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Dois de setembro começou com "grandes emoções". Na segunda-feira, fui ao infectologista com o resultado do meu exame. Ele me deu todas as explicações científicas sobre a ação do vírus, o que muda no estilo de vida, dentre outras coisas. Nestes meus relatos provavelmente não vou entrar nos aspectos "técnicos" do processo todo, escrevo para desabafar sobre como estou me sentindo em relação ao que está acontecendo e como percebo essa nova realidade.

Voltando ao dia de hoje, fui ao laboratório fazer os exames de sangue para verificar a carga viral do HIV no meu organismo (basicamente quantificar a presença do vírus) e mais muitos outros exames pedidos por meu médico. Senti bastante confiança e objetividade nele, isso me passou uma segurança muito maior do que o amontoado de informações que encontramos na internet.

Na cadeira do exame tomei o primeio susto quando a enfermeira chega com nada menos que ONZE tubos coletores, sinceramente achei que com algumas amostras se realizavam todos os exames - aparentemente não!! A coleta do sangue foi tranquila, "quase uma doação" - brincou ela, pela quantidade. O problema foi ao fazer um exame (acho que pra verificar tuberculose) em que injetam uma substância no braço para, ao longo dos dias, verificarem se ocorre algum tipo de reação. Sou muito ligado e fico sempre observando tudo, o que me deixa afetar facilmente pelo que acontece no ambiente...




um dia topei com esse caracol no meio da calçada!



Pode-se imaginar que fiquei meio maluco  quando percebi uma certa tensão na enfermeira, seguida do seguinte comentário, para uma outra: 


"Não está indo, o que tá dando errado? Se eu continuar pressionando vai explodir"

Sabe-se lá o que explodiria, a seringa ou qualquer outra coisa, mas nesse momento já me veio à cabeça a imagem do meu braço inchando e explodindo em sangue por todo aquele lugar rs. Foi aí que, acho eu, minha pressão caiu, desmaiei por alguns segundos, acordei enjoado e com vontade de vomitar. Isso só tinha me acontecido quando era criança, e do alto do meu 1.87m fiquei até envergonhado da situação toda, mas sim, fui levado para dar uma deitadinha até ficar bem de novo.


Sei que esse primeiro mês vai ser difícil, afinal é o momento de ajeitar tudo para que, aí sim, eu possa seguir a vida normalmente. Claro que não vejo a hora dessa fase passar. :)

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